segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Poluição luminosa (PL) e desperdício de energia

   Nós, astrônomos amadores, somos reclamantes costumazes de quão incômoda é a PL às nossas observações noturnas. Mas esse não é o único problema.
   Se a iluminação urbana chega a ofuscar o céu, diminuindo drasticamente o número de estrelas visíveis, fica evidente que parte da energia destinada a iluminar logradouros, comércios e residências, está se perdendo. Ou seja, estamos desperdiçando considerável fração da nossa bem custosa energia elétrica.
   Outro porém é que o céu já não atrai tanto as pessoas, como antes. Não se contempla mais o cosmo. O céu noturno, sobretudo nos centros urbanos, ficou sem graça. Esse desinteresse atinge a quase todos, inclusive, e infelizmente, as crianças. A garotada já não se mobiliza para observar eclipses, cometas, chuvas de meteoros... 
A mídia também não ajuda muito. Exceto por alguns canais das TVs a cabo, a programação dita popular é praticamente isenta de ciência. Astronomia, então, passa longe dos lares da maioria dos brasileiros. Uma pena. 
   Vejam a matéria publicada na Folha de São Paulo (link abaixo) abordando exatamente a questão da PL nos céus de Brasília, mas que reflete uma situação bem comum na maioria das metrópoles mundiais. Um dos entrevistados, Marcelo Domingues (vulgo Marcelo Ayatolá), é um renomado astrônomo amador, presidente do Clube de Astronomia de Brasília (Casb) e figura bem conhecida nos fóruns de astronomia.


Abraços

2 comentários:

  1. "... a dor de perder o céu..." Concordo, e coisas simples poderiam ser feitas para melhorar tal situação. Ao invés dos postes iluminarem o céu (que não tem sentido algum)deveriam direcionar para o chão, iluminaria muito melhor a rua. Mas enfim. Carol

    ResponderExcluir