terça-feira, 27 de setembro de 2011

Família de asteroides é inocentada da extinção dos dinossauros

    Com a queda da teoria, a extinção dos dinossauros voltou a ser um mistério: de onde teria vindo o asteroide?    [Imagem: NASA/JPL-Caltech]

Redação do Site Inovação Tecnológica - 20/09/2011

Mistério em aberto

A família de asteroides apontada como a responsável pela extinção dos dinossauros acaba de ser inocentada.

A descoberta reabre o caso que é um dos maiores mistérios da Terra.

O responsável pelo incômodo achado foi o telescópio espacial WISE, que mapeou o céu inteiro duas vezes, de Janeiro de 2010 a Fevereiro de 2011.

A porção caçadora de asteroides da missão, chamada NeoWISE, catalogou 157.000 asteroides, dos quais 33.000 eram desconhecidos.

Asteroide e dinossauros

Não é a primeira vez que a teoria sobre a extinção dos dinossauros fica ela própria em risco de extinção:



Embora os cientistas continuem bastante confiantes em afirmar que um grande asteroide caiu na Terra cerca de 65 milhões de anos atrás, levando à extinção dos dinossauros e de outras formas de vida, eles não sabem exatamente de onde veio tal asteroide, como ele fez o seu caminho até a Terra e nem mesmo exatamente onde teria caído.




Família Batistina

Um estudo de 2007, usando observações na faixa da luz visível, feitas por telescópios terrestres, sugeriu que o asteroide matador seria o remanescente de um asteroide gigantesco, gerador de uma família conhecida como Batistina (ou Baptistina).

Segundo essa teoria, o Batistina teria colidido com outro asteroide do cinturão principal, entre Marte e Júpiter, cerca de 160 milhões de anos atrás.

A colisão teria arremessado pelo espaço pedaços do tamanho de montanhas. Um desses pedaços teria então acertado a Terra, levando à extinção dos dinossauros.

Pontos ressonantes

Mas a teoria não suportou as observações em infravermelho do WISE, que descartaram qualquer participação da família Batistina no episódio.

Os novos dados sugerem que o Batistina-pai, que se quebrou para dar origem a toda a família observada hoje, quebrou-se há apenas cerca de 80 milhões de anos, o que é apenas metade do tempo calculado anteriormente.

"Isso não dá tempo para que os restos da colisão se movam para um ponto ressonante e sejam arremessados em direção à Terra," disse Amy Mainzer, coautora do estudo. "Acredita-se que esse processo leve dezenas de milhões de anos."

Áreas de ressonância são locais no cinturão principal de asteroides onde a interação entre a gravidade de Júpiter e de Saturno podem funcionar como uma máquina de pinball para disparar asteroides para regiões próximas à Terra.





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