Estudo comparou dados e concluiu que o modo como o Sistema Solar foi formado serve como regra para criação de outros sistemas
Imagem de planeta fora do Sistema Solar
(Reprodução)
Um estudo publicado pela revista Astronomy&Astrophysics mostrou
que o alinhamento das órbitas de exoplanetas (planetas que orbitam
outra estrela que não seja o sol) é semelhante ao encontrado no Sistema
Solar. Para chegar a essa conclusão, um grupo de cientistas do Centro de
Astrofísica da Universidade do Porto (CAUP) e do Observatório de
Genebra fez comparações dos dados encontrados pelo espectrógrafo HARPS com aqueles mostrados pelo satélite Kepler.
Saiba mais
HARPS
O High Accuracy Radial velocity Planet Searcher é um
instrumento de alta precisão instalado em 2002 no telescópio de 3,6
metros no Observatório de La Silla, Chile. Ele utiliza a técnica da
velocidade radial para encontrar planetas fora do Sistema Solar e possui
uma precisão de 1 metro por segundo. A Terra, por exemplo, induz uma
velocidade radial de 9 centímetros por segundo no Sol.
MÉTODO DE TRÂNSITO
Medição da diminuição da luz de uma estrela, provocada pela
passagem de um exoplaneta à frente dessa estrela (algo semelhante a um
microeclipse). Através de um trânsito é possível determinar apenas o
raio do planeta. Este método é complicado de usar, porque exige que o(s)
planeta(s) e a estrela estejam exatamente alinhados com a linha de
visão do observador.
MÉTODO DA VELOCIDADE RADIAL
Detecta exoplanetas medindo pequenas variações na velocidade
da estrela causadas devido ao movimento que a órbita desses planetas
imprime na estrela. A variação de velocidade que o movimento da Terra
imprime ao Sol é de apenas 10 cm/s (cerca de 0,36 km/h).
Segundo o coordenador do estudo, Pedro Figueira, do CAUP, "estes
resultados mostram que a maneira como o Sistema Solar se formou deve ser
comum. A sua estrutura é a mesma que a dos sistemas planetários que
estudamos, isto é, com todos os planetas orbitando aproximadamente no
mesmo plano."
Para os pesquisadores, os resultados agora publicados são muito
importantes para a compreensão do mecanismo de formação e evolução de
planetas extra-solares. Ele mostra que as órbitas planetárias são
predominantemente alinhadas, reforçando a ideia de que os planetas
formam-se em um disco ao redor das estrelas.
A procura por exoplanetas esses astros é feita atualmente pelo método de trânsito ou pelo método da velocidade radial.
Para a realização desse trabalho, foram simulados 100 milhões de
sistemas planetários com base em características previstas pelo HARPS.
Ao comparar os resultados do HARPS com aqueles obtidos pelo Kepler, os
estudiosos encontraram compatibilidade apenas nos sistemas que têm plano
orbital comum, ou seja, naqueles em que as órbitas dos planetas estão
inclinadas em menos de um grau entre si.
Assista aos vídeos abaixo para entender a diferença entre órbitas de planos iguais (a norma no Sistema Solar) ou distintos:
Órbitas de planos diferentes ou não complanares
Órbitas de mesmo plano ou complanares
Fala aí Anderson...
ResponderExcluirJá viu essa postagem?
Tudo haver com seu blog.
http://acampagreveprj.blogspot.com.br/2012/04/por-que-nao-devemos-temer-um-armagedom.html
Muito bom, Fernando. Já conheço o excelente trabalho realizado pelo Phil Plait, no portal Bad Astronomy.
ResponderExcluirAbraços