Aproximar jovens do ensino médio de temas tão complexos como a
astronomia, a astrofísica ou a química nem sempre é uma tarefa fácil.
Para contornar essa dificuldade, uma das alternativas é o uso de
material audiovisual, em particular aquele que se relaciona com a
linguagem e o mundo dos adolescentes desta geração. A professora Jane
Gregorio-Hetem, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências
Atmosféricas (IAG) da USP, lançou o vídeo de animação Rockstar e a origem do metal para esse fim.
Desenvolvido dentro das comemorações do Ano Internacional da Química,
o trabalho é uma colaboração entre o IAG e a Universidade Federal do
ABC, representada pelo professor Annibal Hetem Junior, docente do curso
de Engenharia Aeroespacial.
O vídeo é Ilustrado por Marlon Tenório, que já havia colaborado com a dupla na realização do livro Ombros de Gigantes – A História da Astronomia em Quadrinhos
(Editora Devir, 2009), de autoria dos dois pesquisadores. A produção
deixa de lado os personagens clássicos da física como Aristarco, Galileu
Galilei e Isaac Newton para dar lugar a um jovem guitarrista que quer
entender como surgiu o ferro que existe no seu sangue e também nas
cordas da sua guitarra.
“A inspiração surgiu a partir da nossa experiência em desenvolver
material de divulgação científica no Ano Internacional de Astronomia, em
2009″, conta a professora. “Quando o Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) lançou um edital
semelhante para o Ano Internacional da Química, nossa equipe aproveitou a
oportunidade para falar da origem dos elementos químicos, que ocorre no
interior das estrelas, usando a linguagem atrativa da animação.” O
vídeo Rockstar e a origem do metal teve lançamento no Catavento Cultural e Educacional no dia 24 de agosto.
Cultura Científica
Além da animação Rockstar e a origem do metal, foi preparado um livreto aprofundando os conteúdos científicos tratados, para embasar a abordagem dos professores. Destinado ao público jovem, o vídeo foi criado para ser usado em sala de aula, como atrativo para ensinar conceitos básicos dos elementos químicos e de estrutura e evolução das estrelas. Apesar de já existir, por parte de alunos e professores, o interesse pela Astronomia, muito do que é passado em sala de aula ainda se serve dos conceitos mais básicos da astronomia, como aqueles já conhecidos desde os tempos dos gregos.
Além da animação Rockstar e a origem do metal, foi preparado um livreto aprofundando os conteúdos científicos tratados, para embasar a abordagem dos professores. Destinado ao público jovem, o vídeo foi criado para ser usado em sala de aula, como atrativo para ensinar conceitos básicos dos elementos químicos e de estrutura e evolução das estrelas. Apesar de já existir, por parte de alunos e professores, o interesse pela Astronomia, muito do que é passado em sala de aula ainda se serve dos conceitos mais básicos da astronomia, como aqueles já conhecidos desde os tempos dos gregos.
“O que precisamos divulgar hoje em dia são os conceitos mais modernos
da astrofísica, bem como da tecnologia avançada que permitiu as
descobertas mais recentes.” explica Jane, ao defender que promover meios
modernos de aprimorar cada vez mais a cultura científica da população é
essencial.
Rockstar e a origem do metal une astronomia e química na
tentativa de estimular a multidisciplinaridade no currículo escolar.
Para a docente, a proposta é que os professores utilizem o material como
um atrativo inicial para cativar o interesse dos alunos pelos conteúdos
que devem ser ensinados, facilitando o processo de aprendizagem:
“acredito também que vai estimular o próprio professor se aperfeiçoar,
buscando entender a estrutura e a evolução das estrelas”.
Ciente de que a divulgação científica é importante em todas as áreas,
o trabalho pretende ainda despertar vocações e estimular o espírito
crítico e questionador que é necessário para toda a população, e não
apenas a cientistas. “A USP reconhece esse papel e já vem investindo nos
meios de comunicação mais variados para divulgar amplamente a ciência e
os conhecimentos que produzimos”, finaliza.
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