PCO - Logo após o vazamento de petróleo no Campo de Frade, localizado na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, toda a imprensa capitalista nacional saiu em defesa da multinacional norte-americana responsável pela exploração do local.Desta forma, deram cobertura a versão divulgada inicialmente pela Chevron de que sequer teria ocorrido um vazamento. E também colaboraram com a tentativa da empresa de omitir sua responsabilidade sobre o acontecido após ser impossível esconder o vazamento da população.
O fato de que o vazamento poder ter sido provocado pela tentativa da empresa de atingir de forma ilegal a camada pré-sal tem sido completamente omitido do noticiário "oficial" da imprensa pró-imperialista.
O jornal O Globo, no entanto, foi ainda mais longe. Para o periódico da odiosa família Marinho a empresa "não tem culpa" e, se há algum culpado, é o próprio País.
Segundo matéria intitulada País não está preparado para acidentes ambientais, publicada no dia 23 de novembro, a principal causa do acidente seria o baixo grau de investimento em tecnologia preventiva. Um trecho da matéria diz o seguinte a este respeito: "O Brasil não está preparado para evitar ou conter vazamentos de petróleo: o investimento em tecnologia preventiva é exíguo e o Plano Nacional de Contingência, embora previsto em lei, nunca saiu do papel. Para especialistas, o derrame de óleo da americana Chevron deve servir como alerta para corrigir o despreparo, tanto de empresas como dos órgãos de controle, visando aos desafios do pré-sal" (O Globo, 23/11/2011).
Para o jornal que é um verdadeiro porta-voz da Casa Branca no Brasil, a Chevron seria simplesmente despreparada e para dar sustentação a este argumento falam da falta de investimento do governo federal no setor. Embora a falta de investimento seja verdadeira ela está sendo usada para ocultar a operação dos capitalistas norte-americanos que levou ao vazamento.
A Chevron foi denunciada por não obedecer as normas estabelecidas pela legislação nacional para a execução de operações deste tipo e sequer cumpriu os requisitos previstos no contrato entre ela e o governo brasileiro após ter vencido o leilão para a exploração daquela área. Ainda há um fato de grande relevância que também não foi mencionado.
Uma das causas do acidente pode ser a tentativa ilegal da Chevron de atingir a camada pré-sal, algo que não estava previsto no contrato de exploração. Ou seja, uma verdadeira operação de roubo do petróleo nacional.
Neste sentido, a cobertura dada pela imprensa capitalista busca ocultar uma política de rapina contra o Brasil e uma de suas principais riquezas. Uma campanha que deve ter uma resposta à altura por parte de toda a população explorada do País, em particular a classe operária. Que o imperialismo tire as mãos do petróleo brasileiro.
Fonte: www.pco.org.br
Para o Tio SAM, o mapa do Brasil parece um pernil que está aí para ser garfado por eles. Os EUA não reconhecem as 200 milhas como pertencentes ao Brasil, eles não devem se achar ladrões.
ResponderExcluirEnquanto isso, em Brasilia, no présal de lama, políticos medíocres estão preocupados em fazer fortuna rápido, e o Plano nacional de defesa, não sai do papel.