Há
quem interprete as explosões solares como uma promessa de aniquilação
da Terra. Mas, na realidade, esse é um fenômeno comum: ocorre
diariamente quando o Sol está em maior atividade e semanalmente em fase
de calmaria.
A explosão solar é uma súbita liberação de energia com segundos de
duração que acontece nas manchas solares, chamadas pelos pesquisadores
de regiões ativas. Nesses locais há uma concentração de energia
armazenada em plasma – composto por partículas, principalmente elétrons,
confinadas em uma estrutura magnética. Quando há alguma instabilidade
nessa região, ocorre a explosão originando radiação eletromagnética e
ejetando partículas para o meio interplanetário.
As explosões solares podem ser fracas ou fortes o suficiente até
atingir a Terra. Por exemplo, seus efeitos podem bloquear por momentos a
comunicação por rádio ou interromper o funcionamento de satélites como
os relacionados ao posicionamento por GPS ou à sincronização de
relógios. O fenômeno também tem relação com o ambiente do planeta – mais
nuvens de chuva podem se formar em épocas de poucas explosões.
As explosões solares são cíclicas, com picos a cada 11 anos. O
próximo deverá ser por volta de 2015, mas o ciclo atual está
excepcionalmente calmo – mais fraco do que o anterior. Por causa disso,
alguns pesquisadores acreditam que a Terra está para entrar em um
período mais frio.
Pierre Kaufmann, da Universidade Presbiteriana Mackenzie
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